12 de junho de 2011

Soneto de um peito sem coração



Um sopro de vento que atravessa meu peito
Não é tão gelado que congele a alma
Que, já fria, desprezada, em morte de leito,
Relaxa suas armas e enfim repousa, calma.

E tal qual corpo atordoado de inconstância
Que reprime, mas revela olhos de verdade,
Não há, para o peito vazio, a esperança
De sentir, sem um coração ou realidade.

Mas quem procuraria um coração perdido,
Tão machucado, desprezado e deprimido,
E jogado ao relento, e por ti perfurado,
Repleto de dor e feridas, maltratado?...

Tua é a culpa, quem dera não me rejeitasse
Cada vez que te olho; queria que me amasse!


[Imagem: Tumblr]

2 comentários:

  1. Gostei muito de sua poesia, li algumas e realmente as achei ótimas!

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    1. Ah, muito obrigada! Muito bom saber que gostam do que eu escrevo - às vezes pe bom possuir um incentivo "externo"!

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Abra seu coração.