19 de janeiro de 2014

Eu também não sei, rapaz


A Vida é um eterno não saber
Não saber de ontem, hoje ou amanhã
Se você não sabe, eu também não sei
E isso é normal, rapaz, isso é normal

É que a gente se esconde sempre
Atrás de decepções tais
E nem consegue mais enxergar
Do quanto é realmente capaz

Então toma aqui um abraço, rapaz
E cesse de ter medo, agora
Cesse de temer que já não saiba
O que será de ti em outro dia, outra hora

E repara que, ao teu redor
Há um mundo muito, muito maior
Do que aquilo que os olhos veem
Quando não sabem mais no que focar

Eu também tô aqui, rapaz, eu também tô aqui
Tô aqui perdida, tô aqui sem rota
Mas é que a Vida tem tantos anos, e tantos dias, e tantas horas;
Senta aqui e aprecia a vista, agora.

2 comentários:

  1. Excelente, Luísa. Me lembre de visitar seu blog com mais frequência: Seus textos são, em sua maioria, brilhantes.

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  2. Essa coisa de apreciar a vista é sempre (mais) importante,
    seja sentado aqui do teu lado
    ou lá de cima, distante.

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Abra seu coração.