Não precisa ir muito longe para que se perceba o alto grau
de rejeição que o cristianismo tem experimentado diante da sociedade. E, contrariando os egos altivos de quem
garante ser odiado pelo mundo porque o mundo primeiramente odiou a Jesus (Jo
15:18), o problema está antes na posição egoísta do povo que ousa chamar-se
pelo nome de seu Deus, esquecendo-se da parte em que se humilha, busca a face
do Senhor, e se converte dos seus maus caminhos (2Cr 7:14).
Diante de toda injustiça do mundo, levanta-se não uma
geração que se ocupa em ser uma extensão de Jesus na Terra, mas um povo que
carrega uma fé egoísta e interesseira, buscando “paz” e resolução da própria
vida. Pulgas, que sugam todo o bem que esteja a seu alcance, e buscam uma zona
de conforto a todo custo. Jesus não morreu para uns ou outros. Ele se entregou
como sacrifício por todo o mundo (Jo 3:16-17).
No capítulo 1 de Tiago, o apóstolo orienta o povo em seu
agir perante o aprendizado da Palavra. Porque,
se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que
contempla ao espelho o seu rosto natural. (Tg 1:23). Cumprir a
palavra não se limita ao abandono do pecado, ou a alguns mandamentos, mas uma
mudança de vida que deve, necessariamente, fazer com que aquele que creia em
Jesus Cristo, faça obras maiores que
aquelas que Ele fez. (Jo 14:12)
Você não vê que é pecado ocupar-se dos seus próprios
interesses, e esquecer-se daqueles em necessidade? “A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os
órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.”
(Tg 1:27) Você não vê que é
pecado guardar seu tesouro, sua palavra, daqueles que estão se afogando em
frustrações e infelicidades? Você não vê que é pecado calar-se diante da
injustiça, da mentira, do abuso, e viver uma vida cristã medíocre, de quem não
crê em, nem opera milagres?
Ousar chamar-se pelo nome do Cristo implica manifestar-se
como representante, embaixador do Mesmo. Não há nada que Deus possa operar por
sobre a Terra, sem que haja pelo menos um coração disposto a agir conforme Sua
vontade. Quanto falta para que nós consigamos entender que a fé sem obras é
morta? (Tg 2:20) Quantos mais precisam perecer, oprimidos por um mundo injusto,
privados de sua liberdade, de seus direitos? Abre a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham
desamparados. Abre a boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos
necessitados. (Pv 31:8-9)
Vivamos a plenitude da fé que se submete à vontade do nosso
Deus, que é bondoso em todo o tempo, e não mais nos omitamos diante daqueles
que necessitam. Ou você não vê que isso é
pecado?
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