13 de novembro de 2014

Você não vê que é pecado? - Por que nos omitimos diante das injustiças do mundo

     Não precisa ir muito longe para que se perceba o alto grau de rejeição que o cristianismo tem experimentado diante da sociedade.  E, contrariando os egos altivos de quem garante ser odiado pelo mundo porque o mundo primeiramente odiou a Jesus (Jo 15:18), o problema está antes na posição egoísta do povo que ousa chamar-se pelo nome de seu Deus, esquecendo-se da parte em que se humilha, busca a face do Senhor, e se converte dos seus maus caminhos (2Cr 7:14).
     
     Diante de toda injustiça do mundo, levanta-se não uma geração que se ocupa em ser uma extensão de Jesus na Terra, mas um povo que carrega uma fé egoísta e interesseira, buscando “paz” e resolução da própria vida. Pulgas, que sugam todo o bem que esteja a seu alcance, e buscam uma zona de conforto a todo custo. Jesus não morreu para uns ou outros. Ele se entregou como sacrifício por todo o mundo (Jo 3:16-17).
     
     No capítulo 1 de Tiago, o apóstolo orienta o povo em seu agir perante o aprendizado da Palavra. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural. (Tg 1:23). Cumprir a palavra não se limita ao abandono do pecado, ou a alguns mandamentos, mas uma mudança de vida que deve, necessariamente, fazer com que aquele que creia em Jesus Cristo, faça obras maiores que aquelas que Ele fez. (Jo 14:12)
     
     Você não vê que é pecado ocupar-se dos seus próprios interesses, e esquecer-se daqueles em necessidade? “A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” (Tg 1:27) Você não vê que é pecado guardar seu tesouro, sua palavra, daqueles que estão se afogando em frustrações e infelicidades? Você não vê que é pecado calar-se diante da injustiça, da mentira, do abuso, e viver uma vida cristã medíocre, de quem não crê em, nem opera milagres?
     
     Ousar chamar-se pelo nome do Cristo implica manifestar-se como representante, embaixador do Mesmo. Não há nada que Deus possa operar por sobre a Terra, sem que haja pelo menos um coração disposto a agir conforme Sua vontade. Quanto falta para que nós consigamos entender que a fé sem obras é morta? (Tg 2:20) Quantos mais precisam perecer, oprimidos por um mundo injusto, privados de sua liberdade, de seus direitos? Abre a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados. Abre a boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados. (Pv 31:8-9)     

     Vivamos a plenitude da fé que se submete à vontade do nosso Deus, que é bondoso em todo o tempo, e não mais nos omitamos diante daqueles que necessitam. Ou você não vê que isso é pecado?
     
     
     

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